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“Muito além do chapéu de palha”

          Palha de milho ou palha de carnaúba: nas mãos de um artesão não importa de que pé veio, ela toma forma em cestos, bolsas e caixotes. Muitas vezes, a palha é tingida de  azul, verde ou vermelho, o que prejudica alguns dos artistas, pois a tinta é tóxica e faz mal às unhas e respiração. Porém, tingida ou em seu tom natural, o que importa é que a mão seja boa na hora de acertar o trançado que dá forma aos produtos.

 

          Na terra do Padre Cícero e da Mãe das Dores, todo romeiro que se preze tem que ter seu chapéu de palha para subir a colina do horto em dia de romaria. Em várias bancas da cidade pode-se notar a venda desse acessório. Mas, ao lado da igreja Matriz, existe a Associação de Artesãos da Mãe das Dores e do Padre Cícero que confecciona diversos artigos a partir da palha.

 

          Aos 64 anos, Tecla Cosma da Conceição era filha de artesãos sem saber, e desde os 36 trabalha com artesanato de palha. Uma das fundadoras da Associação, ela é hoje uma das que mais lutam contra a desvalorização e as dificuldades encontradas para continuar a sua arte.

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